O que fazer quando não tá dando match com a Psi?

A Autenticah é um centro de saúde transdisciplinar dedicado a fornecer suporte emocional e mental para a comunidade LGBTQIAPN+

No começo é normal… É normal sentir algum desconforto, insegurança ou mal-estar no início da terapia. Afinal, a Psi é uma pessoa “estranha” e contar intimidades à um estranho pode nos trazer sensações de insegurança e vulnerabilidade. Sem contar que, a psicoterapia é um processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, e isso também pode gerar desconfortos no início do processo. Mas se em momento algum esse desconforto diminuir ou passar, e você se sentir constantemente desconfortável ou infeliz com sua Psi ou com o processo da terapia, é importante avaliar o que pode estar acontecendo. Não tenha medo de expor suas preocupações pra Psi, até porque, ela está lá pra isso. E a comunicação aberta é fundamental para uma terapia eficaz. Agende uma sessão para discutir como você está se sentindo e juntes encontrar maneiras de resolver suas preocupações. Ajustando o processo A Psi pode fazer alguns ajustes na abordagem para melhor atender às suas necessidades. Mas se você ainda sentir que algo de errado não está certo e o desconforto ainda se fazer presente… Talvez seja interessante procurar outra Psi. Cada Psi tem um estilo único, e encontrar a que se encaixa melhor com você é importante para o sucesso da terapia. Você tem o direito e a liberdade de encerrar a terapia a qualquer momento, se ela não estiver funcionando para você. Seu bem-estar e sua saúde mental são prioridades! Converse com a Psi sobre o término da terapia e busque outra profissional que possa te apoiar da melhor forma possível. Se for muito difícil encerrar com a Psi na sessão, você pode fazê-lo por mensagem. Tá tudo bem! Mas seria muito bom pra você e seu próprio processo se o fizesse cara a cara. Priorize você e sua saúde mental! Não tenha medo de tomar decisões que sejam melhores para você. Priorize sua saúde mental e encontre uma Psi que possa te apoiar da melhor forma possível. Lembre-se de que você merece uma terapia que seja positiva e construtiva para o seu bem-estar emocional. Lembre-se de que você merece uma terapia que te faça se sentir confortável, apoiada/o/e e confiante nessa jornada de autoconhecimento.🌈💙.

Quando foi que você percebeu que se acostumou a estar mal?

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Quando foi que você percebeu que se acostumou a estar mal? Quando foi que você percebeu que se acostumou com a angústia/sofrimento/ansiedade? Nesse fds, viajei com meu marido e alguns amigos para São Francisco do Sul – SC. O objetivo era um evento de moto que rolaria por lá, o “Moto São Chico”. E foi a primeira vez que notei, conscientemente, o quanto evoluí não só no quesito maturidade emocional, mas também da ansiedade que tive por muito tempo. E como se deu isso?  Bom, a vida acontece o tempo todo pra todo mundo, principalmente em viagens onde todo o planejado pode ir por água abaixo. Viajar com outras pessoas então? Quadruplica as possibilidades de não sair nada conforme o desejado inicialmente. Muita coisa pode dar errado! Anúncio de estadia enganoso;  Planos modificados de acordo com gostos, preferências, cansaço ou clima;  Desentendimentos, surpresas, acidentes e até nossas próprias emoções… Uma receita para o caos, pra quem sofre de ansiedade. Esse caos acontecia comigo, porque essa ERA eu – toda ansiosa. Por muito tempo convivi com a ansiedade, achando que estava num nível ok. Mas o que rolou foi que eu me “acostumei” com ela. Acostumei com a angústia, os sintomas físicos, falta de autoconhecimento e manejo das minhas emoções e a dificuldade de ter uma vida mais leve e até mais simples. O que eu vejo muito na clínica com as pessoas que eu atendo. Mas depois de terapia com Psi, acompanhamento medicamentoso com psiquiatra (nem sempre é necessário) e todos os demais movimentos que fiz de autocuidado… pude perceber nessa viagem o quanto melhorei dela, o quanto consigo dar conta das coisas e o quanto minha vida é mais leve. Hoje sou muito mais flexível para o acaso e as surpresas. Manejo questões com muito mais leveza do que antes. E sem dúvida alguma, a melhor parte é que eu me conheço MUITO mais do que antes, pra poder saber o que e como fazer, para me regular novamente. E foi com esse autoconhecimento que consegui aproveitar, me permitir, explorar e contemplar tudo o que o rolê tinha para oferecer. “Mas Jussara, você não se estressou nadinha?”.  Gente, viajar é se estressar, rs. Claro que sim, mas com os recursos que tenho em mim hoje, consegui tirar de letra. Comparando com a Jussara de antes, hoje eu consigo aproveitar muito mais o que a vida tem pra me oferecer. E aí? Até quando você vai ficar se acostumando com a angústia, sofrimento ou ansiedade? 

Psicóloga pode fazer Constelação Familiar?

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Alerta de Spoiler: Não! Por que não? A prática da Constelação Familiar não se configura como método ou técnica psicológica e apresenta incompatibilidades éticas com o exercício profissional da Psicologia. Das responsabilidades da Psi, encontradas no Código de Ética da Psicologia, no Art. 1º item c: A Psi deve prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentadas na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional. Ela se sustenta em bases epistemológicas frágeis, onde cada constelador tende a interpretá-la e aplicá-la de maneira diversa, o que favorece o aparecimento crescente de diferentes práticas, com promessas apelativas de solução de problemas, inclusive associadas a vidas passadas ou à revelação das soluções de problemas por meio da observação do comportamento de animais. Mas faz tão mal assim? Diversos pressupostos teóricos da Constelação Familiar – entre os quais: a concepção de casal baseada no patriarcado e na héterocissexualidade compulsória; a naturalização da desigualdade de gêneros nas relações conjugais e familiares; a naturalização do vínculo biológico sem considerar aspectos históricos, sociais e políticos que constituem as famílias; a exclusão de diferentes expressões familiares – mostram-se contrários a diversas Resoluções e outras normativas do Sistema Conselhos de Psicologia, além de leis que possuem interface com o exercício profissional da categoria. Ela não tem sigilo! A técnica das Constelações Familiares é realizada muitas vezes com a transmissão aberta das sessões grupais e individuais, inclusive online e pelas redes sociais, de modo que qualquer pessoa pode acessar e assistir ao conteúdo que está sendo repassado. Tal conduta é incompatível com o sigilo profissional, conforme dispõe o art. 9º do Código de Ética da Psicologia, segundo o qual: “É dever da Psi respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional” (CFP, 2005). Ela viola Normas e Direitos! Existe descompassos entre a Constelação Familiar com o conteúdo da Resolução CFP nº 1, de 22 de março de 1999, que “Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual”, a qual consolida como referencial técnico e ético para o exercício da profissão uma perspectiva despatologizante da diversidade sexual e de gênero. Tal prática pode sugerir o desrespeito às Referências Técnicas para atuação de psicólogas em Programas de Atenção à Mulher em situação de Violência. Segundo essas referências técnicas: Todas as possibilidades de atuação da Psi devem se orientar pelo fortalecimento do protagonismo das mulheres e pelo entendimento multidimensional da violência, como produto das relações desiguais legitimadas e produzidas nas diferentes sociedades.  E também com Resolução CFP nº 1, de 29 de janeiro de 2018, que estabelece normas de atuação para Psis em relação às pessoas transexuais e travestis; Com a Resolução CFP nº 8, de 7 de julho de 2020, que estabelece normas de exercício profissional da psicologia em relação às violências de gênero. E com a Resolução CFP nº 8, de 17 de maio de 2022, que estabelece normas de atuação para Psis em relação às bissexualidades e demais orientações não monossexuais. A Constelação Familiar viola as diretrizes normativas sobre gênero e sexualidade consolidadas pelo Conselho Federal de Psicologia. Reproduzindo conceitos patologizantes das identidades de gênero, das orientações sexuais, das masculinidades e feminilidades que fogem ao “padrão” imposto para as relações familiares e sociais. E fere nossos Princípios Fundamentais! No Código de Ética da Psi, nós temos 7 Princípios Fundamentais, onde a Constelação Familiar fere diversos, com destaque para os seguintes: I. a Psi vai basear seu trabalho no respeito, na promoção da liberdade, dignidade, igualdade e integridade do ser humano, usando a Declaração dos Direitos Humanos como base. II. a Psi vai trabalhar buscando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas, contribuindo para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. III. a Psi atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.” A bicha é audaciosa! A Constelação Familiar admite explicações ou justificações para o uso da violência como mecanismo para restabelecimento da uma hierarquia violada, ao passo que outros atribuem às meninas e mulheres a responsabilidade pela violência sofrida. Também viola a legislação federal sobre direitos de determinados grupos sociais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – que vê crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos. Enquanto a Constelação Familiar reconhece o lugar da infância e da juventude por um viés conservador, preso à naturalização da falta de direitos e de submissão através de violência frente aos genitores. Saúde Mental não é Fast Food! Outro ponto que pode resultar em infração ética, consiste no fato de que a Constelação Familiar é uma abordagem utilizada em diversos contextos e alguns processos são “resolvidos” em uma única sessão. Mas esse tipo de sessão da Constelação Familiar pode causar de forma brusca, uma emergência de estados de sofrimento ou desorganização psíquica, e essa técnica não abrange conhecimento técnico suficiente para o manejo desses estados. Conflitando com todos os artigos do Código de Ética comentados anteriormente e muito mais! Mas Atenção! A Psi em sua prática enquanto Psi, NÃO PODE fazer uso da Constelação Familiar. Mas enquanto pessoa, indivíduo, fora da atuação como Psi, é livre. A Psi, não pode divulgar que faz Constelação Familiar juntamente da divulgação de seu trabalho enquanto Psi. Mas como pessoa, indivíduo, fora da atuação Psi, pode. Se a pessoa tiver 2 perfis nas redes sociais: 1 pra Psi e outro pra Constelação Familiar, ela pode. Não pode fazer a divulgação junto. Fica a seu critério escolher uma Psi que atue com Constelação Familiar SEPARADO da atuação Psi. Ela realmente vai separar as crenças da Constelação Familiar na hora que tiver de atuar com a neutralidade e ética da Psicologia? Deixo esse questionamento com você. E deixo também, a referência para a produção deste conteúdo: A NOTA TÉCNICA CFP Nº 1/2023, que “Visa a orientar psicólogas e psicólogos

Quanto custa a terapia?

A Autenticah é um centro de saúde transdisciplinar dedicado a fornecer suporte emocional e mental para a comunidade LGBTQIAPN+.

Depende. O custo da terapia pode variar muito, dependendo de vários fatores, como o tipo de terapia, localização e nível de experiência da Psi. Normalmente, as sessões de terapia podem variar de R$ 199,55 à R$ 342,11* ou mais por hora, mas algumas Psis podem oferecer uma taxa variável com base na renda da pessoa (como Atendimento Social, por exemplo). * Valores retirados da tabela de referência nacional de honorários de Psis – atualizada em 1º Junho de 2022. “Ah, mas terapia com Psicóloga é muito caro!” O caro e barato podem ser subjetivos. Ou seja, podem depender de como cada um vê as coisas. Para algumas pessoas uma pizza grande + refri = R$ 140,00 é barato. Para outras, academia à R$ 129,90 mensais é caro. Iphone 14 à R$ 8.000, barato. Tudo é questão de prioridades e de como cada pessoa vê as coisas. Como assim cobrar pelo sofrimento humano? Na verdade, nós cobramos por nossa especialização, nossa qualificação profissional, e não pelo relacionamento humano, pela empatia, sensibilidade e gentileza que acompanham nosso papel profissional. Inclusive, fazemos nossa própria terapia para que possamos ser capazes de dar o acolhimento e qualidade de atendimento necessários, evitando projetar conteúdos pessoais nos pacientes. Além de investimentos, temos custos. Nós Psis temos a necessidade de constante investimento em nossa formação, como por ex., supervisão, especializações, grupo de estudos, congressos, cursos, livros, etc. Além dos reparos que precisamos realizar em nosso consultório (trocando móveis). E isso vale para o atendimento online também (com computador ou notebook, câmera, ring light, fones de ouvido, etc.). Também, temos meses de oscilações (jan, fev, jul e dez), onde “trabalhamos” aproximadamente 09 meses, e pagamos contas durante os 12 meses. Como assim a Psi também precisa de dinheiro? Já passou da hora da Psicologia Clínica ser encarada como uma profissão, como qualquer outra profissão, que demanda especializações, marketing e competição pelo mercado de trabalho, deixando de lado uma visão romântica, missionária-messiânica. Todos nós precisamos de dinheiro para nos proporcionar autonomia, conforto, segurança a lazer, inclusive a Psi. Criticar o capitalismo não anula meus boletos. Existem diversas possibilidades: Muitos planos de seguro cobrem a terapia, mas a cobertura pode variar dependendo do tipo de plano e do terapeuta ou tratamento específico. É essencial verificar com a operadora do seu plano para determinar quais serviços de saúde mental e porcentagens são cobertos ou não pelo seu plano. Algumas Psis oferecem uma tarifa reduzida ou têm um programa pro bono para clientes que não podem pagar o valor total. Existem clínicas e centros comunitários de saúde mental que oferecem serviços de terapia de baixo custo ou gratuitos. Existem também as clínicas-escolas das faculdades que possuem o curso de Psicologia e os serviços oferecidos pelo SUS. Fez sentido pra você? Na minha Clínica, eu cobro pelas minhas habilidades e capacitações, pelas capacitações e supervisões das Psis que trabalham comigo, por todo investimento que fiz para me tornar a profissional que sou. E não pela empatia, respeito, humanização e cuidado – esse é gratuito e entra de cortesia no serviço, porque você merece. Se você está buscando uma Psi pra chamar de sua, entre em contato pelo whats (42) 99857-2087.